terça-feira, 14 de dezembro de 2010

uma uma uma uma Uma chance - reflexões sobre as obras de Regina Silveira

projeção de sombras em objetos: design e artes plásticas.

metrô como meio de comunicação.

marcas externas em ambientes internos.

modificando formatos reais.

proporções alteradas para justificar a ausência de interesse em formatos reais.

a arte como questionadora da arquitetura.

obras como transições, aparições.




terça-feira, 30 de novembro de 2010

site-specific

an object or event.
fixed position. or not.
no force.
object in situation?
a kind of performance. performance of place.
you can see and you can read.
located in specific architecture.





Prêmio Design MCB (Museu da Casa Brasileira)

um cartaz simples demais,
mas que pensou em todas as aplicações.
cartazes participantes criativos, felizes,
não tão felizes por não pensarem em mais nada.
pensando melhor, alguns foram felizes sim, mas faltou também o museu aceitar coisas novas para o perfil desse. Sair do vetor e ir um pouco além, meio pixinguinha, brasileirinho.


Móveis: com ênfase em empilhamentos. Cada vez mais um mesmo espaço é utilizado em diversas formas e para diversos objetivos.
Banco feito de papelão. Sensacional. Lindo. Belo. Vai custar quanto? Vai ser possível? Por que não seria?
Módulo multiuso. Sensacional. Funcional. Diz que é baixo custo mas será mesmo?
Sofás. Reaproveitamento, a palavra do momento. Sensacional.
Móvel Linha José. Brasileirinho. Reaproveitou, economizou.

Eletrônicos: que para mim foram fracos em objetivos, com excessão do citado abaixo, entre outros. Ou não, posso estar enganada. Mas este negócio de tv com coifa, não sei se é um bom negócio.
Bengala eletrônica. Vou repetir a palavra sensacional quantas vezes for necessária. A bengala irá melhorar a vida do deficiente visual provavelmente em quase 100%. Quem terá acesso? Governo, pode financiar ou não tem dinheiro? Só de imaginar que é eletrônica, já se imagina que tornará uma obra de arte no museu.

Iluminação: Linha Bauhaus e Disco Frixtrix. Uma é super funcional para várias situações que solicitam iluminação para objetivos variados e a outra prática na colocação das lâmpadas em posições e alturas que qualquer um poderá ter acesso.

Transporte: acho que o Brasil pode se preocupar com outros tipos de transporte acessíveis, não sei se um "barco" oferecerá isto.
Uma roda baseada em aviões de caça?
O Moto-bus é sensacional. Como sempre, a questão: será real? ou uma obra de arte?

Construção: Painel cerâmico de alta temperatura foi o destaque.

Têxteis: deixou a desejar.

Utensílios: Panela sensacional por pensar na economia do gás e ser feita de material reciclado, sempre pensando no quanto menos gastar, melhor. Aliás, falando nisso, quanto que ela sairia?
Dosador de espaguete fica no adjetivo divertido. Isso não quer dizer que é ruim, afinal, descontrai e isto é algo necessário á sociedade contemporânea.

Sobre as publicações, claro que, como não li nenhuma, não irei cutucar, irei mencionar títulos que me chamaram a atenção: Formas de Morar no Brasil: entre os 50 e os 70; As Ações Comunicacionais Táteis no Processo de Criação do Design de Superfície; Calçados Sensuais para Mulheres Excepcionais: Uma Reflexão sobre Design de Calçados para Mulheres Portadoras de Restrições Físicas.

Inclusão social e reutilização são as minhas questões mais levantadas aqui sobre o prêmio.










domingo, 14 de novembro de 2010

Francis Naranjo

ele que quer olhar com o olho cego,
ele que quer não ouvir chamados e avisos,
é o Do contra.

usar o olho que não vê,
usar o fone de ouvido para não ouvir,

produtivo, experimental,
não deixar nenhuma incapacidade ser incapaz.

não fechar os ouvidos, mas abri-los a outros caminhos.
ser flexível.




sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Bienal

Sem muitas críticas profundas,
sem muitos olhares negros profundos.
dei um oi para Bienal, conversei com ela superficialmente,
ás vezes assim a gente consegue até ter uma visão que, no mínimo, questiona.
descobri como a ambientação é tudo em uma exposição.
as obras são totalmente sensíveis ao ambiente, influenciáveis por inteiro.

Um labirinto, para começar. Emocionante né?
cheio de paredes, ás vezes me sentia em um série de estandes.
aí foi meu cutuque. Bienal cheia, isso é bom. Mas parecia uma galeria de arte convencional,
cheia de fotos na parede como de costume.
o mais engraçado é que vi poucas obras eletrônicas. Não julgo isto ruim,
acho que pode sugerir um questionamento sobre a arte eletrônica.

Obras políticas. Não tenho muito o que dizer, pois não averiguei tão bem o sentido. Mas pelo meu ver superficial, o "estande" da "Dilma" me transferiu algo muito interessante, algo do tipo "nós sabemos que no fundo queremos nos arriscar para algo que nos parece diferente". A ideologia. Claro que obra política não se refere apenas a isso, mas foi a que mais chamou a atenção na passagem pela Bienal.

A "casa" de retalhos de madeira, uma pintura 3D, conceito básico de Henrique Oliveira. Obra que transferiu o questionamento das moradias, de todos os gêneros, sejam manções, sejam barracos. Sempre algo irônico vejo. Algo que cutuca. E cutucar é importante, mas não um simples cutuque, porque se formos ver, cutucar é algo bem fácil. Por isso, precisa ser um cutuque inteligente.

Os pichadores. O vídeo da invasão, eu vi uma tela pelo menos do lado dos sanitários ou algo do gênero. Quero dizer que o vi num canto, onde não se dava ênfase, ou centralização, não chamava nem um pouco atenção. Uma tela de 60 polegadas (chute total) e um vídeo. Podia ser tão mais cutucadora esta ideia...

Agora, chega de meter o pau, mas achei muito bom trazer obras de grande importância para o meio, como de Hélio Oiticica. Acredito que pensar no público frequentador e pensar que obras poderiam ser expostas pensando nos frequentadores é de grande importância. Como sempre, foi o que me transferiu.

Os urubus. Que polêmica. Assim como a obra que ninguém comentou, a obra do bicho empalhado do consagrado artista Nelson Leirner. Para mim animal empalhado é muito mais polêmico que um animal vivo e que está sendo bem alimentado (segundo a própria Bienal, comendo carne importada e bebendo água Perrier). É isso mesmo, não curto o gênero Nelson Leirner. Não mesmo. O artista como manipulador da vida. Não. Não neste sentido. O mais engraçado é que a obra polêmica de Nuno Ramos gerou uma frase de uma ativista, que foi contra deste: "Por que não colocam um animal empalhado aí?".

Muitas obras pra falar mas foram estas que cruzaram minha rápida passagem pela Bienal, a qual pretendo voltar para averiguar as milhões de obras que estão lá.

Falei falei e só critiquei, meti o pau. Confesso. Mas também saí de lá feliz, com a mente mais produtiva que vazia. Mas também o que eu mais aprendi nesta história é a importância da ambientação. Talvez para um público que poderá frequentar a Bienal que podem nunca ter frequentado uma galeria, poderá ser de grande valia, isso eu tenho certeza. Então, que seja assim. Para o público que se deve atingir, que são aqueles que querem ver, experimentar arte pelo menos uma vez a cada 2 anos.






quinta-feira, 7 de outubro de 2010

com a palavra: Ricardo Basbaum

Prefiro falar em uma “autoria compartilhada”, no sentido de que cada experiência realizada é o resultado das ações dos participantes com utilização do objeto – ou seja, algo que foi construído a partir de um compartilhamento. O artista organiza a possibilidade da experiência e administra a continuidade do projeto em cuidadosa escuta, mantendo-o em aberto. Mas Você gostaria...? funciona produzindo inversões: os participantes, na medida em que realizam experiências e constroem sua representação (fotos, vídeos, textos, desenhos, etc), produzem trabalhos que se colocam como obras, frente às quais o artista deve reagir – ou seja, eles tornam-se propositores, enquanto o artista transforma-se em participador. De fato, os participantes a cada nova experiência efetivamente pensam o projeto – trata-se de um exercício de pensamento coletivo e cada nova “página escrita” vai pouco a pouco constituindo o que chamo de “romance crítico”, obra polifônica coletiva.
* trecho da entrevista realizada com o artista pela Fundação Iberê Camargo

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

motivos para trabalhar ou não com a arte mídia eletrônica (baseado no texto de Monica Tavares para a revista de Pós graduação da Eca)

armazenamento e recuperação de informações;
a obra pode estar presente ao mesmo tempo em todo lugar;
se cria um aspecto performático no público por precisar seguir procedimentos gerados pela obra;
favorecem a "autonomia" do receptor;
é gerado pelo público distintas e imprevisíveis composições;
destaca-se mais pelo seu poder de produção do que por sua capacidade de reflexão e de interpretação;

terça-feira, 24 de agosto de 2010

trechos de Leo Steinberg sobre a obra de Picasso

vemos a auto-existência corporificada, mas em um estado impossível de ser exibido, vêmo-la antes de se tornar aparência

porque o que Picasso desenha não é a aparência de uma ação, mas como é a sensação de realizá-la

desenhar todas em um só estilo seria confessar estar fora delas, olhando para as coisas de fora, como uma câmera

Picasso não está espiando; não está espreitando buracos de fechaduras, mas sim trazendo à tona recintos interiores

quinta-feira, 22 de julho de 2010

o móvel e o imóvel e móvel e imóvel

sobre a mobilidade do fim.
o fim como mobilidade.
a mobilidade da imobilidade.
a imobilidade da mobilidade.
tempo móvel e imóvel, variando com a tua mobilidade.
móvel costuma ser mais barato que o imóvel. economize.

anotações sobre arte

mobilização? movimentação? ato de filosofar?
aguçar? como? quem?
alguém disse: se a arte virasse filosofia, deixaria de ser arte.
mas ainda há filosofia dentro dela.
Ela não é a cura, a mobilização, a movimentação. Ela usa todas estas como ferramentas.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

artistas e suas obras

Mila Milene Chiovato e as marcas nas paredes.
Frederico Dalton e a combinação do materialismo e a simbologia.
Chico Amaral e a tecnologia barata denunciando uma versatilidade.
Sheila Mann Hara me inspirou com a pintura de um espaço penetrável.
Jarbas Lopes e os elementos pictóricos que não ficam apenas por aí.
Nathalie Nery e as junções de cores que não ocorrem tão naturalmente.
Ieda Oliveira e os acúmulos.
Mário Simões e o mundo material que esconde.
Caetano Dias e a relação de fotos desfocadas com imagem de fetos.




*artistas do VII Salão da Bahia

terça-feira, 22 de junho de 2010

auto

sobre o auto retrato.
prepara o pincél. prepara a câmera:
subordinados aos equipamentos.

ideologia da transparência, da defesa.
me fotografo porque quero atualizar o mundo sobre o meu estado:
quero mostra a beleza da estética e registro o assustador.

registro o imediato, o momento,
que muda em segundos e minutos
quando sei que vou ser registrada.

por que não gosto?
não consigo defender o ideal
porque o interno quer ser externo.

domingo, 30 de maio de 2010

a prática da profissão artes plásticas nas cidades

entrei no dilema sobre morar em outra cidade pensando na questão do meio da arte: por que Porto Alegre e não São Paulo? por que São Paulo e não Porto Alegre? Por que São Paulo e não Santo André? por que Porto Alegre e não Santo André? ou por que qualquer cidade deste mundo e não Santo André? neste ponto que eu quis chegar.
Santo André é como uma cidade do interior um pouco mais desenvolvida, bem parecida com Porto Alegre, estéticamente. A diferença é a cena artística: Porto Alegre ainda tem o potencial de expressão artística em alta, Santo André soa mais cópia. São Paulo é a cidade que não precisa relatar a diferença entre estas outras.

Mas aí surge o dilema: sempre quis desenvolver o meio da arte em um lugar que não se desenvolve. Sempre quis desenvolver meu trabalho em um lugar que necessite. Como trazer? como movimentar? Um velho sonho que deixei pra trás porque é sempre mais interessante morar numa cidade como São Paulo, onde tudo é inspiração, nada é deixado de lado, porque tem de tudo, até o que tem em Santo André. Mas por que Porto Alegre nesta história? porque é o meio termo de uma cidade que é bem parecida com Santo André, porém tem mais dependência artística. E estas são as minhas grandes referências: s.a., sp, poa.

Santo André e os lugares que movimentam (timidamente) a arte: Casa do Olhar e Sesc Santo André (isto sem contar lugares, ou melhor, "becos" que mini movimentam).
Porto Alegre e os lugares que movimentam (timidamente ou não) a arte: mini galerias e espaços diversos (Chico Lisboa, Desvenda, Mundo Arte Global, A Casa, Subterrânea, etc), Fundação Iberê Camargo, Gasômetro, etc.
São Paulo nem vou mencionar. Porto Alegre é claro que o movimento é maior que Santo André, mas ainda é pequeno, é fechado, assim como em Santo André, que é mais fechado e muito mais pequeno.

A dependência dos meios políticos e organizações afetam a movimentação e o desenvolvimento da área. Por isso, cada vez mais movimentos pequenos surgem em prol da arte, mas ainda são pequenos, movimentam um círculo apenas. A arte precisa movimentar toda uma área, não é como qualquer outra profissão que tem um espaçozinho e pronto. No fato, é sempre assim, mas não deveria.

Os grandes criadores trouxeram para suas cidades a grande criação que marcou toda uma história. Este foi meu ponto de inspiração quando tinha em torno de 22 anos. Ontem este ponto se perdeu e hoje voltou, de uma forma não romântica.

domingo, 2 de maio de 2010

o artista como intelectual público

o público se define pelas suas experiências e não apenas pelo seu conhecimento.
se a arte tornar-se totalmente facilmente assimilável, ela deixou de provocar. E de ser arte?
não e sim.
O artista precisa entreter.
a arte manipula?
a arte reprime?
a arte remete a escolhas?
a arte transforma?
a arte soa como a mal/boa publicidade?
o que seria da sociedade sem arte? é possível imaginar?

sobre a intimidade na arte

outdoors com a imagem da cama do casal
obras como "espelhos"
retratos de namorados (as)
auto.
os artistas encaram como única forma de provocar.
questão mal resolvida, mal debatida.

escultura, arquitetura, paisagem

escultura como arquitetura, arquitetura como escultura
o que não era arquitetura / paisagem era escultura
arquitetura como não paisagem

quarta-feira, 28 de abril de 2010

introdução ao Dentro do cubo branco

dentro do cubo branco tudo se engole.
dentro do cubo branco não há destaque,
não há debate, não há profundidade, só há contraste.
o rigor, a igreja, a religião, a crença na fé de que isto possa mudar.
no cubo branco não há janelas, com objetivo de isolamento para...
o cubo branco ocupa o lugar de quaisquer elemento intruso.
isto quer dizer: elemento intruso, elemento morto?
intruso está muito forte, talvez elemento...para alimentar o cubo branco -
que sempre fica exposto -.

domingo, 25 de abril de 2010

Sobre o movimento, a atitude, que aborda uma certa exclusão



De repente um senhor, com cara de cidade natal, chegou e falou para fotografar ele.
Começou a passar cola no sulfite e fixou entre duas obras no dia da abertura do 61ª Salão de Abril de Fortaleza,
perto da porta de entrada, onde todos e tudo eram bem nítidos e explícitos.
Foi uma atitude tão intrigante.
Só uma bebida mesmo pra dar coragem de fazer uma atitude desta.
Sim, ele estava com um certo odor alcóolico.
Qual é o lugar de tudo? Afinal, a arte saiu do lugar?

domingo, 28 de março de 2010

depoimentos

movimento dos sem terra, mundo rural
ausência na arte.
política, corrupção, desvios e problemas pertinentes
ausência na arte.

a arte aprendendo com o passado e não se revoltando
ou contrariando simplesmente por contrariar.

o mesmo lugar se torna outro lugar em minutos.
o imediato, o !
e quando não é imediato, é inacessível.
o acessível se torna depois de um esforço
com duração não mencionada pela obra.

a arte está de costas para o mundo.
e daí digo: será egocêntrica a partir deste ponto?

*tenho possíveis respostas aqui, mas isto são apenas depoimentos gerados pela entrevista com o Paulo Sergio Duarte para a Revista Dasartes ano 1, n 6.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

em 2010, a favor

a favor do sistema feudal,
a favor do neoclassicismo, do menos detalhes,
a favor do profundo,
a favor do espetáculo,
a favor da investigação,
a favor do anti eclético,
a favor de organizações novas,
a favor da estrutura,
a favor da briga para dar fim no belo,
a favor de cadeiras confortáveis e populares,
a favor da conversa,
a favor de 2010.

Design, oi de novo

to te entendendo, apesar de te conhecer há um bocado.
Na verdade, te conheço, mas acho que mais de vista.
Me disseram que você é um investimento afetivo. Não é novidade.
Design, o designer te fez ter glamour? Desculpe,
eu e minha mania de generalização,de radicalização.
Por um momento minha mente quase se fechou.
Lembrei do Artesanato. Tem falado com ele?
O Artesanato mora na zona norte e o Design mora na zona sul.
Entendi, se falam pouco pela distância...
Design, descobri uma coisa:
quis me afastar tanto de ti,
que descobri que me afastei do meu ideal de Design,
e culpei a ti por causa dos designers. É! Aqueles lá!
Assim como aquele teu coleguinha vai, a Publicidade.
Daí quis me apaixonar pelo teu amiguinho, a Arte.
Pra mim, a Arte é o mais fiel de todos. Me desculpe,
acabei de ser hipócrita!
Mas não fique com ciúmes, eu ainda acredito em você.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

design, vamos conversar?

cadeiras, mesas, poltronas, bancos,
cadeira de Autor Desconhecido, você não me parece confortável!
cadeira de Sergio Rodrigues (Lucio Costa) você deve fazer doer ao meio de minha coluna!
cadeiras Cândida Cottage, será que o design é um bicho que o homem cria e nós aprendemos a manuseá-lo?
tecnologia, equipamentos, formas de construir e daí o belo é tudo isso junto?
não importa como nasce, mas eu aprenderei a te pegar, a te dobrar, a te carregar, a te usar, então...

preciso dizer mais alguma coisa?

design, agora me diz, te usam mal ou você é assim, meio antifuncional para o seu fim ou você é uma obra de arte disfarçada de design? !